PRESA

Gosto demais de estar contigo
como gosto de estar comigo,
desistência do velho desabrigo,
jeito novo de poder ser amigo.

Ficar assim, na metade do abraço,
parte teu, parte meu, como o faço
para, ousado, invadir teu espaço:
devagar, mansinho, doce, num laço.

Um carinho, um querer sem limite
de puras verdades. Nada que habite
o insensato. Ao que o amor permite.

Ficas estática, amor, surpresa
na manhã, pura beleza.
E te fazes consentida presa.

Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 17/04/2013
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