O mundo gira

Jamais me esqueço que sonhei um dia

Que numa tarde quente de um janeiro

Um velho homem de expressões grosseiro

Uma carruagem pobre conduzia

Nessa carruagem muita carga havia

E o bicho que puxava não ligeiro

Trazia marcas em seu corpo inteiro

Pois que o seu dono tanto lhe batia.

Furiosa ao ver tal ato vergonhoso

Um fogo me subiu e, em tom honroso

Comprei-lhe o bicho e disse: “não se esqueça

“O mundo gira e, então, não perca o siso

“O mesmo fado provedor do riso

“Torná-lo pode um dia o que padeça”.

SHAIANE DA SILVA BANDEIRA
Enviado por SHAIANE DA SILVA BANDEIRA em 17/04/2013
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