Circuitos desintegrados
Eu vejo seres transistorizados,
Indiferentes, frios e calculistas;
Cumprindo os seus deveres programados
E decodificando extensas listas.
Eu vejo seres desumanizados,
Por conta dos seus gestos egoístas.
Percebo seres automatizados;
Empobrecidamente consumistas.
São máquinas, são peças, engrenagens,
Carcaças cibernéticas que tecem
As mais inexpressivas das linguagens.
Inanimados seres, sem juízo;
Não vivem como irmãos e desconhecem
O valor de um abraço e de um sorriso...