Circuitos desintegrados

Eu vejo seres transistorizados,

Indiferentes, frios e calculistas;

Cumprindo os seus deveres programados

E decodificando extensas listas.

Eu vejo seres desumanizados,

Por conta dos seus gestos egoístas.

Percebo seres automatizados;

Empobrecidamente consumistas.

São máquinas, são peças, engrenagens,

Carcaças cibernéticas que tecem

As mais inexpressivas das linguagens.

Inanimados seres, sem juízo;

Não vivem como irmãos e desconhecem

O valor de um abraço e de um sorriso...

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 17/04/2013
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