Era uma vez uma rosa...
Plantada ali junto a tantas outras, a rosa.
As pétalas aveludadas e legítimo carmim.
Ao acondiciono da brisa, à dança porosa.
Orvalho a beija, imagem perfeita: enfim!
Seduzida pela formosura, toquei, a colhi.
O galho deixou cair uma gota de tristeza
A rosa no instante amainou, eu entristeci.
Pesava a sua cor murcha; esvaiu a leveza.
Já meio seca, olhou à origem, um suspiro.
Aquele lugar cinematográfico que era seu
E cerrou o seu olhar que em viés feneceu.
Uma agonia invadiu minha alma, eu jurei.
Jamais ver a graça de uma rosa com a mão
Quando o certo seria tocá-la com coração!
Uberlândia MG
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