UTOPIA
UTOPIA
Joyce Sameitat
Eu canto chovendo;
Ou chovo cantando...
Mudo o meu tempo;
Ou ele vai me mudando...
Sou lágrimas ao relento;
Que vai se resfriando...
Com toques de lamento;
No chão tamborilando...
Sou da terra fermento;
Ao teclado de um piano...
Misturo-me ao firmamento;
Mas disto não me ufano...
Apenas extraio o veneno;
Que a vida vai jogando...
SP - 11/04/13