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AMORTALHANDO ILUSÕES
Odir Milanez
 
Sem as vestes de paz de antigamente,
o mar borrifa as borras das borrascas
sobre as pedras do porto, em permanente
vómitos viscerais das suas vascas.
 
Por tão escura, a noite faz-se ausente
dos norteios noturnos das nevascas.
Farto de fome, feito penitente,
vou catando, no chão, dos céus as cascas...
 
Desfilando do tempo as decisões,
embalsamando espectros de emoções,
eis que me dou de vez ao desalinho.
 
Sobram sonhos sem cor no meu caminho
por onde sigo a sina em ser sozinho,
amortalhando antigas ilusões!...
 
 
JPessoa/PB
14.04.2013
oklima

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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...

 
 
oklima
Enviado por oklima em 15/04/2013
Código do texto: T4242806
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