Quando tu partiste

Partiste a buscar nova esperança,
novos feitos, que teu coração vazio,
buscou um dia, em meu corpo frio
matar a tua sede de vingança!

Partiste... a sorrir e, com efeito,
não tentou sequer amenizar minh’alma...
E meu coração, ao ver temida calma
embrutece o riso e foge do meu peito!

E o insano fragor de meus suspiros,
de quimeras, vagos versos que eu fazia,
insistiram em fugir também contigo...

Vão, inútil sentimento que eu nutria
entretanto, ao me ver chorar, fugira,
deixando o teu fantasma a sós comigo!

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