Descalço.

No interior da minha alma se esconde um festim.

Neste monstro que é o meu orgulho: Riem-se bailarinas...

Na puberdade de minha velhice, eu cismei ser rainha.

E na lonjura que são minhas auroras mais belas: Feneci.

No interior mais decrépito das sonatas, eu rodopio.

Neste mosntro que é meu passado: Adormeci em cantigas...

E ereta em meio ao lago tardio, eu bebi a água límpida...

A água santa que dá vida aos sonhos mais miseráveis...

Gota a gota de meu humanismo ressurge quando sorvo...

Deste mágico líquido que me refaz...E com pés no gelo...

Eu indico o caminho ao transeunte...

Que vai descalço...rompendo as fronteiras da injustiça...

Eu vejo seu ir: Admiro, mas feneço dentro da dor intensa...

Que a mazela entumecida do dia me impõem!

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 15/04/2013
Código do texto: T4241929
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