Descalço.
No interior da minha alma se esconde um festim.
Neste monstro que é o meu orgulho: Riem-se bailarinas...
Na puberdade de minha velhice, eu cismei ser rainha.
E na lonjura que são minhas auroras mais belas: Feneci.
No interior mais decrépito das sonatas, eu rodopio.
Neste mosntro que é meu passado: Adormeci em cantigas...
E ereta em meio ao lago tardio, eu bebi a água límpida...
A água santa que dá vida aos sonhos mais miseráveis...
Gota a gota de meu humanismo ressurge quando sorvo...
Deste mágico líquido que me refaz...E com pés no gelo...
Eu indico o caminho ao transeunte...
Que vai descalço...rompendo as fronteiras da injustiça...
Eu vejo seu ir: Admiro, mas feneço dentro da dor intensa...
Que a mazela entumecida do dia me impõem!