Na primeira curva
Na primeira curva some da vista,
Nem o ínfimo rastro é notado,
No pó ardil e pegajoso do estrado,
Onde passou sutil, na conquista.
O seu cheiro impregna o ar envolta,
Odores de saudade e paixão exalados,
Avistam novos horizontes moldados,
Dominando o inócuo ambiente de revolta.
O vento infeliz, sem trégua alguma,
Dissipa pouco a pouco toda a bruma,
E faz-me navegar seguro na escuna.
Vencendo a abrupta curva a frente,
Desvendando pouco a pouco a gente,
E saciando-me neste manancial emergente.