Soneto - 3

Céu este que tanto me encanta

deslumbrante a visão de tuas partes

eu, pobre pássaro que na gaiola canta

tornei-me um monte de descartes

Que há de meu sonho a desfazer

tratá-lo assim com tal desprezo

choverá sangue ao enfurecer

a fera da noite que esteve preso

Abismo sem dimensões de lembranças

imensidão que assombra cada noite

leva consigo cada raio de esperança

Será da noite desfeita o véu

com a visita da eterna morte

para que desfrute o belo céu

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 13/04/2013
Código do texto: T4239628
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