Soneto da revolta.
A inspiração chega meio timida,
nas mãos carregam,um laço de fita,
quer denunciar, de forma atrevida,
uma verdade que a ela irrita.
Na ponta do laço, a palavra arredia,
esbraveja apontando a violência,
essa mácula que entra na moradia,
ela pede seu fim,quase em clemência.
As lágrimas da mãe , que na face rolam,
as palavras enxugam, com brado de guerra,
seu lenço é o soneto,que o poeta encerra.
É arma ativa, que aos olhos desenrolam,
do laço de fita,da inspiração moderada,
a dor da sociedade,está demonstrada.