Transparência

Que as máscaras se quebrem sem temores;

Que as lágrimas se aflorem sem vergonha;

Que a alma se desnude e que se exponha,

Isenta de tabus e de pudores.

Que os muros desmoronem sem rancores;

Que a vida seja – mesmo tão tristonha –

Um pouco da grandeza que se sonha,

Nos sentimentos mais inspiradores.

Nessa ilusão que tanto nos tortura,

Ninguém mesmo é tão forte ou invencível,

Que não sofreu a dor ou a amargura.

Que nossas vidas sejam mais expostas;

Que o coração se mostre mais sensível,

E as mãos mais estendidas, mais dispostas.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 13/04/2013
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