A NAU DO HOMEM
A nau dos sonhos é imperfeita,
O mar da vida é impreciso
Não existe rota, o destino não é claro
Aina assim, navegar é preciso
As estrelas te iludem na noite
Não te socorrem, nada te guia
Há náufragos, o oceano não dá trégua
Regurgita, se ergue na onda bravia
Estás só, não há descanso, só luta
No mar grande, o homem é pequeno
A força bruta, tua coragem desafia
A tempestade que assusta, se forma
A cerração já roça o mar, logo escurece
Deus está ausente, tua jornada é sombria!