Confissões (31)
Edir Pina de Barros
Feliz daquele que jamais sentiu a dor
de ver morrer, em vida, o amor que tanto quis,
na confiança mor d’ um dia ser feliz,
voando pelos céus nas asas d’um condor;
aquele que plantou, colheu a bela flor,
sem se ferir, andar sem rumo, diretriz,
a carregar no peito enorme cicatriz
e n’alma grã tristura, no semblante horror.
Eu conheci as dores todas – uma a uma –
(confesso carregar no peito ainda alguma),
porque me dei e amei correndo todo o risco;
agora fico aqui, a rabiscar meus versos,
perdida dentro em mim, chorando em meus anversos,
saudosa a recordar daquele tempo prisco.
Edir Pina de Barros
Feliz daquele que jamais sentiu a dor
de ver morrer, em vida, o amor que tanto quis,
na confiança mor d’ um dia ser feliz,
voando pelos céus nas asas d’um condor;
aquele que plantou, colheu a bela flor,
sem se ferir, andar sem rumo, diretriz,
a carregar no peito enorme cicatriz
e n’alma grã tristura, no semblante horror.
Eu conheci as dores todas – uma a uma –
(confesso carregar no peito ainda alguma),
porque me dei e amei correndo todo o risco;
agora fico aqui, a rabiscar meus versos,
perdida dentro em mim, chorando em meus anversos,
saudosa a recordar daquele tempo prisco.