A professora

Enamorado pela rara beleza dela,

Tão bela quão cheia de vida,

Mais que a professora, a fêmea envaidecida,

Via o garoto que a contemplava da janela.

Utopia, quimera ou ilusão do menino?

Sim, deveras. Mas ela, dama envolvente,

Voluntária ou mesmo involuntariamente,

Encantava a todo o universo masculino.

Jovem meiga e mulherão fascinante,

Era casada, e tinha marido e filho.

Airosa era em tudo, mas em nada, arrogante.

E, como que por um halo de magia,

Nada lhe diminuía o ofuscante brilho,

A protegida de todos (marido, igreja e Maçonaria).