Soneto do Amor Eterno

Aqui estamos nós contemplando o céu,

Nesta bucólica paisagem agreste:

O vento adeja os cabelos ao léu,

E a água diáfana do riacho desce!

Entreolhamo-nos prolongadamente,

Como que querendo parar o tempo.

E eu te abracei e te beijei docemente,

indeferentes a qualquer contratempo.

E eu então te fiz juras de amor eterno,

E tu me entregaste teu coração...

E absortos e inertes ali ficamos...

Mas este mundo nos é tão adverso:

E tudo hoje não passou de ilusão...

Mas eu sei que ainda nós choramos.

Franz Venn Nietzsche
Enviado por Franz Venn Nietzsche em 11/04/2013
Código do texto: T4235181
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