Soneto do Amor Eterno
Aqui estamos nós contemplando o céu,
Nesta bucólica paisagem agreste:
O vento adeja os cabelos ao léu,
E a água diáfana do riacho desce!
Entreolhamo-nos prolongadamente,
Como que querendo parar o tempo.
E eu te abracei e te beijei docemente,
indeferentes a qualquer contratempo.
E eu então te fiz juras de amor eterno,
E tu me entregaste teu coração...
E absortos e inertes ali ficamos...
Mas este mundo nos é tão adverso:
E tudo hoje não passou de ilusão...
Mas eu sei que ainda nós choramos.