BRISA QUE DESPERTA...
Penetras-te em meu peito oco de alma vazia
por tanto eu padecia no meu sofrimento
meu coração se esvaía em triste momento
minha gélida alma, mortificada ao sono dormia...
E tu me acordas-te mulher, para minha vida
sem perceber como tu havia feito,
desfalecia um sono de tristeza provida
quase inerte um coração, que ainda batia dentro do peito...
Uma brisa fluiu, teus beijos, tua imagem impávida
desde a mortalha árida, que era sombria
invadiu-me por entre as frestas da minha recente vida
E eu, insensível, nem pressupunha
que era o folego da vida que brotava,
um novo ser que nascia, uma nova alma brilhava...
Romulo Marinho