ATREVIDA

Eu sou a que no mundo, é atrevida...

Nem temo, com certeza, a própria morte.

Piada deste mundo deu suporte,

Então já me verás descomedida.

A sorte escafedeu por ser bandida...

Fiquei a ver navios sem ter norte.

Futuro retalhado em mil recorte,

Felicidade nunca deu guarida...

Forjei de cada dia o meu reinado,

Embora o meu presente renegado,

Despi-me do temor, tracei meu rumo.

Ousada, com a dor não me acostumo.

Semeio em cada passo, com cuidado,

O céu que pela sorte foi negado.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 11/04/2013
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