Afã

Ser poeta eu não sou, e só escrevo,

As miragens, as imagens do destino.

Minha meta é dar brio e com enlevo,

Às primícias do amor sem desatino.

Escrevendo, amo muito, e canto, e devo,

A perfeita inspiração no figurino.

Amiúde sigo em verso e não me atrevo,

No correto afã do verso alexandrino.

O que vale é a arte de amar,

É ânsia de atingir singela meta.

Escrevendo, meu primor paira no ar,

Ora a arte é arredia, ora quieta,

Se tu gostas do meu modo de versar,

Posso enfim dizer à todos: Sou poeta!