A LÁGRIMA QUE N'ALMA SAI PRUDENTE
A lágrima que n'alma sai prudente
Integra a dor da vida lastimada
Que em sofrimento está consolidada
Ao clamor sem voz d'um ser inexistente
Pulsa em mim o viver do mundo ausente
E levo neste olhar tão apagado
Todo fardo nunca compartilhado
Sem subsídio à divisão d'um presente
Lanço-me num caminho mau, obscuro
Murcho como uma rosa sem abrigo
Vivendo sem nada ter sentido
Triste, restrito, cético futuro
O qual sem qualquer razão planejo:
Nem com esperanças mais me vejo!
-Eu-lírico-
MIGUEL JACÓ, MUITO OBRIGADA. SEU SONETO É LINDO!
PEÇO LICENÇA PARA COLOCÁ-LO JUNTO AO MEU.
TEU INTIMO DESCONSOLADO
Tuas faces molharam-se pela tristeza,
Depois de ser teu intimo desconsolado,
Amargando deste mundo toda dureza,
No vazio dum dito amor não realizado.
Alimentastes vida pulsante no fantasma,
Que permeou tuas vontades e mil desejos,
Depois notastes que também fora criado,
Uma energia contrastante com os ensejos.
Te deprecias com enorme contundência,
Morrestes antes do teu corpo ir a falência
Aos transeuntes é um estado de demência.
Neste universo a tua luz não mas progride,
Terás apenas a mera contagem regressiva,
E aprendestes,as leis Divinas nos incidem.
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