NOITE DE PLENILÚNIO §
Apagou-se a vela, portal quebrado!
Funesto momento além-vida,
Entoando um cântico em roda-viva,
Das sombras ouves meu chamado!
No breu da noite o olhar fixado
Exerce o fascínio em sua diva,
Tornei-me esta noite morta-viva,
O prazer é capricho de meu amado.
O desejo na face, lívida como a lua,
Núpcias sombrias com a qual sonhamos.
Tocou-me as costas seminua...
Marcas na tez, outrora deixamos.
Afagos intensos em alma nua,
As raias do transe nos amamos!
Christinny Olivier