Soneto a uma irmã ausente
Muito jovem partiu despercebida
Deixando todos na cruel ternura
Irmã distinta, amiga da ventura
Você deixou saudade em nossa vida
A tristeza abalou nossa guarida
Seu desdém aumentou nossa tristura
Você foi para nós uma figura
Formidável sincera e destemida
Como uma triste ovelha desgarrada
Deu desprezo também a terra amada
Dos parente humildes se esqueceu
Nunca mais nossa mana deu notícia
Hoje vive a sofrer sem ter carícia
Bem distante do lar onde nasceu.
Soneto de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.