Momento de ternura II
Dezembro. Uma manhã celestial;
A mãe entra no quarto da filhinha,
E lá então encontra uma cartinha,
Pedindo um presentinho de Natal.
A cena lhe constrange – tão brutal!
Perante a vida humilde e pobrezinha,
Jamais pode comprar uma bonequinha,
Ou mesmo um presentinho trivial.
A mãe baixa a cabeça, entristecida;
...Na boca um gosto amargo como o fel...
... Mas, a filhinha lhe diz, enternecida;
“_ Se não deu nada o tal Papai-noel,
Eu tenho a ti, minha mamãe querida,
Já me deu tudo o meu Papai-do-céu!”