Momento de ternura II

Dezembro. Uma manhã celestial;

A mãe entra no quarto da filhinha,

E lá então encontra uma cartinha,

Pedindo um presentinho de Natal.

A cena lhe constrange – tão brutal!

Perante a vida humilde e pobrezinha,

Jamais pode comprar uma bonequinha,

Ou mesmo um presentinho trivial.

A mãe baixa a cabeça, entristecida;

...Na boca um gosto amargo como o fel...

... Mas, a filhinha lhe diz, enternecida;

“_ Se não deu nada o tal Papai-noel,

Eu tenho a ti, minha mamãe querida,

Já me deu tudo o meu Papai-do-céu!”

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 09/04/2013
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