Durma a noite

Deitou-se a penumbra na vila da noite

Sobre o belo dia, a capa negra morta,

Resvalando-as nas íris da rígida porta

Do céu que arqueava ao triste açoite

Sem ruído secava ao monte o silêncio

Cortado apenas pelos grilos cantantes

Dos matos iluminados pelos instantes

Que a lua resolvia exclamar seu anuncio

Homens do lugar comtemplavam a fronte

Sempre se banhando a gruta do local

Vendo o ocaso cochilar nas dunas da fonte

Do fisco escondido por crepúsculo e seu bocal

Nas costas desse temporário horizonte

Deitado esperando aurora remaneja o vocal

Gabriela Drummond
Enviado por Gabriela Drummond em 08/04/2013
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