Inconstitucionalissimamente. Bis.
Inconstitucionalissimamente
Eu tento um soneto meio sem rumo,
Um dia com certeza eu me aprumo
E então vão me aplaudir, logicamente.
Rabisco os versos, inconsequentemente,
Espremo essa laranja, tiro o sumo:
Sonetos que são para o meu consumo
E alegria, indubitavelmente.
E sigo a viajar meu desidério
Moldando em versos: dor e mistério
P'ra ver brotar o soneto que é minha cara...
Assiste a noite eu cá com essa mania,
Vendo nascer, no papel, a minha cria
Quase que a me dizer: “É ruim! Para!”
Josérobertopalácio