Inconstitucionalissimamente. Bis.

Inconstitucionalissimamente

Eu tento um soneto meio sem rumo,

Um dia com certeza eu me aprumo

E então vão me aplaudir, logicamente.

Rabisco os versos, inconsequentemente,

Espremo essa laranja, tiro o sumo:

Sonetos que são para o meu consumo

E alegria, indubitavelmente.

E sigo a viajar meu desidério

Moldando em versos: dor e mistério

P'ra ver brotar o soneto que é minha cara...

Assiste a noite eu cá com essa mania,

Vendo nascer, no papel, a minha cria

Quase que a me dizer: “É ruim! Para!”

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 08/04/2013
Reeditado em 05/05/2020
Código do texto: T4230044
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