Versos dolorosos

Vês?! Não há dor maior.

Esqueléticos animais inertes no chão

A “foice” arrebata toda a criação

E o homem do campo sangra suor.

Acostumar-se à trágica partida

Desolados sertanejos tentam em vão

Manter-se vivo é labutação

Neste conviver com a morte em vida.

Seca rio, boi, mandacaru

Água – erguem os olhos – só cai lá no sul?

Mãos calejadas imploram em oração.

O lamento chega às Alturas

Mantém a fé, a criatura.

-Chove, Chuva, ressuscita o sertão!

08\04\2013

Suzana Duraes
Enviado por Suzana Duraes em 08/04/2013
Reeditado em 13/07/2016
Código do texto: T4229915
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