OLHA LÁ QUE LEVASTE A MINHA VIDA
Olha lá, que levaste a minha vida;
Sem ter dó, tu arrancaste o coração,
Fizeste em pura mágoa, sem perdão,
Que alma ficou no pranto, entristecida.
Do amor em sentimento, sem medida;
Essência tem gentil ser em prisão,
Que não deixaste, nem a explicação,
Entender a razão, mais que perdida.
Tempo que foge, sem esquecimento;
De quão memória fértil desse amor,
Trouxe este indesejado sofrimento!
Cicatrizes por dentro em tanta dor;
Lembranças de tamanho este tormento,
Onde esbato este corpo em mais clamor.
ANGELO AUGUSTO