NASCI SEM SABER NEM SEQUER PORQUÊ
Nasci sem saber, nem sequer porquê;
Nos versos não sei, vejo-me escrever,
Pensamentos em alma de se ler,
Que dentro de mim trago o que se vê.
Olhos vejam aquilo que se lê;
Emancipando sempre no viver,
Que posso, ou deva mais assim fazer,
Quem sou, para ser, ou nem ser o quê?
Filosofia na vida que carrego;
Procurando a razão, desta existência;
Que por vezes, já a mim próprio me nego!
Caminho eu, contra forte resistência;
No destino meu, que mais escorrego;
Que espírito este, tenha impertinência.
ANGELO AUGUSTO