UM AMOR ETERNO I
À sombra de um salgueiro estrondoso,
Repousa aquela dona dos meus sonhos,
Com quem vivi os dias mais risonhos,
Um tempo tão lindo, tão venturoso.
Na madrugada o salgueiro choroso,
Balouça os galhos lânguidos, tristonhos,
Com que a chorar em prantos medonhos,
A saudade daquele anjo formoso.
Pingam gotas das folhas orvalhadas,
São lágrimas por ela derramadas,
Que ao sol d'aurora serão só lembranças.
Ah... meu amigo bem entendo o teu pranto,
Pois sabes que ainda a amo tanto e tanto,
E um dia a verei... eu tenho esperanças...