ÀS PORTAS DO CÉU
Abrem-se as portas do impoluto Céu
E surgem, uma a uma, nuvens delas.
São nuvens passageiras, brancas, belas,
Almofadadas no aureolado véu.
Todos ousados de suas janelas
Vendo-o passar ungido ao gosto meu.
Quem dera a mão primeira lhe estendeu?
- Anjos a postos feitos sentinelas!
Fecham-se as portas. Brancas, uma a uma,
As nuvens se dissipam mais além
E o recolhem, mas sem razão alguma.
Unidos corações por Novo Fruto,
Cantam hosanas e dizem Amém...
Abrem-se as portas do Céu impoluto!