Sob a brisa!...
Minh'alma te abraça, forte, — ó, menina!...
Neste silêncio, tenho-te, sob versos!--
Minh'alma te abraça, franca e cristalina!
Sois minha jóia branca; — meu universo!...
Que estes versos, límpidos de igual zelo;
Na métrica, — Ó — férvida, da lira silente.
Consumam teu corpo, alma, e, tua mente!
Fulgurem teus olhos, com calma e desvelo--
Tu vieste do longínquo, ternar da hora
Nestes versos, faço-te minha aurora
No manto do luar, teu canto eterniza!
Fada, divinal das vinhas; -- Sois celeste!...
Neste orbe, amar-te-ei, inconteste!
Sobre o pranto, sem aprestes, sob a brisa!...
(Airton Ventania)