AMOR OUTONAL
Amo-te com a calma duma tarde de outono...
Amo-te no vão... entre a realidade ...e o sonho!
Amo-te com o corpo tênue e amornado...
Como a suavidade do pouso do orvalho.
Amo-te qual a fragilidade dum pássaro...
Que voa assustado sob a luz de um astro!
Amo-te qual o despontar de uma rosa...
Que tudo ofusca...quando enfim... desabrocha.
Ah...eu jamais saberia te amar diferente...
Assim... com a saudade do sol no poente!
Pois embora sorvestes meu amor infinito...
Tu foste embora renegando o que sinto!
E então me aprisiono na voz dos teus versos...
Aonde o teu mundo...é o meu pleno universo.
SP, 26/05/2006