MEA CULPA

MEA CULPA

Joyce Sameitat

Tarde chuvosa que todo meu coração atinge;

Ele revoluteia desconfortavelmente e finge...

Trazer em seus meandros alegria que não sente;

E bem devagarinho ele deveras se aflige...

Não sabe porquê está tão triste e descontente;

Meus olhos aloprados captam estrelas cadentes...

Seguem seus rumos tortuosos incandescentes;

E levam para o coração sua quentura abrasadora...

Como fosse uma lufada com ação avassaladora!

Então volta a bater jovem e inconsequentemente;

E a chuva o lava e o transforma de forma reveladora...

Ele já se sente bem leve novamente;

Eu até sei que sou eu a autora...

Deste jeito de sentir... Tão deprimente!

SP - 03/04/13