Confissões (XXVIII)
Edir Pina de Barros
Confesso não ser santa, nem bandida,
apenas sou mulher comum, normal,
não tenho sedutor olhar fatal,
não sou Sinhá e nunca eu fui cativa.
Não sou mulher da morte, nem da vida,
também não sou começo, nem final,
carrego marcas, mas deixei sinal,
se eu não venci, jamais eu fui vencida.
Eu sou uma mulher, tão simplesmente,
que nunca foi decente ou indecente,
mas muito amou e foi demais amada.
E se algo trago em mim, quiçá, diverso
é andar a tropeçar, de verso em verso,
nos campos da poesia, embriagada.
Tela: Brenda Burke
Edir Pina de Barros
Confesso não ser santa, nem bandida,
apenas sou mulher comum, normal,
não tenho sedutor olhar fatal,
não sou Sinhá e nunca eu fui cativa.
Não sou mulher da morte, nem da vida,
também não sou começo, nem final,
carrego marcas, mas deixei sinal,
se eu não venci, jamais eu fui vencida.
Eu sou uma mulher, tão simplesmente,
que nunca foi decente ou indecente,
mas muito amou e foi demais amada.
E se algo trago em mim, quiçá, diverso
é andar a tropeçar, de verso em verso,
nos campos da poesia, embriagada.
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