NOSTALGIA


Procuro vê-la, quando em seus verdores,
frente aos meus olhos em suave oferta,
o róseo e o branco, misturando as cores,
se apresentavam em floração aberta.

A fragância chegava aos arredores,
principalmente na manhã desperta,
porém o tempo com os seus rigores,
impiedoso foi-lhe morte certa.

Seus galhos secos, sem a seiva ou vida,
sem flor, nem fruto, já não são guarida
aos passarinhos em sua alegria.

Agora, eu vejo, como um espantalho,
seus restos acolhendo,ao invés do orvalho,
a lágrima da minha nostalgia!