Sou desconhecida de mim

Ando pelas vielas do meu ser, vejo espaços.

Abissais alamedas podem ser escancaradas

Caminhos que jamais dei quaisquer passos

Esquinas de mim que precisam ser viradas!

Olho para minha calçada; comporta jardim

Meus canteiros ficarão bem em vermelho

Meios-fios desalinhados sem vista ao fim

Becos sem saídas, e portões eu aconselho.

Há em mim o despertar de novas travessas

Trilho desconhecido de mim que me excita

Ilimitado de vias que chama; e o cerne grita.

Existe em mim um número que me instiga

O infinito me leva além da minha fronteira

Paço de porta aberta além do céu cumeeira!

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 04/04/2013
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