DOR PROFUNDA
A lua está com a face muito pálida;
O halo em sua volta está tão fino;
Parece que adeja quase inválida;
Parece estar vagando sem destino...
Inerte em seu casulo qual crisálida.
Remete a um campanário e um mudo sino
Quem dera eu tocá-la com a mão cálida;
Dizer-lhe: Sou criança, inda menino!
Olhando a lua augusta eu fico triste!
Ao vê-la assim tão lúrida, persiste,
Aquela dor profunda, angustiada...
Esqueço-me então que não existe,
Um tempo infinito que me assiste;
Então me deixai ver-te, ó lua amada!!!
Arão Filho
São Luís-Ma, 04/04/2013