Pai

Meu pai é desses homens carrancudos,

Mais rijo pela vida que o tornou.

E leva às mãos guardado o que juntou:

As marcas, quais escritos pontiagudos.

Porém, tem sobre a face olhos desnudos;

Os dois vão mundo à fora como um voo,

Flanando sobre os bens que Deus criou.

Assim, leva consigo seus escudos.

Meu pai é na verdade um bom guerreiro

Que luta pela vida qual cordeiro

Em mansidão que faz ao nome jus.

Por conseguir viver de pé à guerra

Que a vida nos propôs por sobre a terra,

Se chama Adilson Santos de Jesus.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 04/04/2013
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