Soneto do Sofredor
Fez-se a dor num pranto momento
Quando a sina do amar se deu sofrer
Jaz da vida o riso solto, contentamento
E dos dias claros, dum amar enegrecer
Fez-se dor num tanto, não se aquieta
N’alma, nas tralhas do outrora amor
Nas ondas do então desamor, estafeta
Fez-se de amante vida, aio do sofredor
Cá se vê ausente então aquele tento
De outrora, fora também enamorado
E por mais que assim seja lembrado
Será amanhã de todo esquecimento
Pois lembrarão que assi dele se deu,
O ser que intetou amar, triste sofreu.