Soneto celestial

Ai! Céu de grandiosíssimos segredos

Da mais luzida cor na imensidão.

Que tem pousada em ti de Deus a mão,

Com bem cuidadas luas sob os dedos.

Ai! Céu que guarda todos os enredos

Em teus olhos azuis na viração.

Eu peço a quem te habita o meu perdão

E entrego-lhe metade dos meus medos.

Tu sabes, grande manto que nos cobre,

A nossa gente, aqui, é muito pobre,

Mas tua gente, aí, é toda santa.

Ai! Céu, como é gostosa esta conversa.

Tu ouves-me sublime e não tens pressa;

Prossegues tão sereno. Isto me encanta!

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 03/04/2013
Reeditado em 04/04/2013
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