A Suicida
A morte de Fernanda Costa Lima,
Na rua vinte e um, causou revolta.
Matou-se, depressiva, sob a escolta
Da cúmplice fiel, a sua prima.
Vim vê-la, pois mantive muita estima.
Mas muda e fria e só e sem mais volta...
Em cada nova prece alguém ressolta
Que foi muito cruel aquela prima.
A mesma veio em prantos desde a porta,
Seguindo em pés de luto para a morta...
E disse entre soluços, dolorida:
_ Deixei que ela pulasse... Fui covarde!
Contudo, aquele pulo foi mais tarde,
Há tempos que ela segue já sem vida.