PENUMBRA
PENUMBRA
Joyce Sameitat
Na penumbra do ocaso que amores clama;
Passeio eu pungente revestida de chamas...
E entre a tessitura que devagar a noite inflama;
Meu coração taciturno voa tomado de saudade...
E na solidão transtornada que me invade;
Pulo estrelas em meio a luzes piscantes...
Vai meu ser solto pela noite dissonante;
Entoando odes aos amores que se foram...
Uma fímbria do meu eu se alastra discrepante;
Enquanto alguns outros desligados ressonam.
E em pingos de luz vou voando... Errante...
Porquê quero amar com força e poder!
Apesar da solidão ser tão retumbante;
Este amor tão sonhado eu quero viver...
SP - 31/03/13