Ponto de vista confuso
Às vezes é cheio e às vezes é vazio;
Assim que eu vejo um simples copo,
Mesmo embaixo ou se está no topo;
Pois sei que sou eu que me esvazio.
Nem dono sou do meu próprio corpo,
Meu humor vive em constante rodízio,
Não refresca sobre úmido vento alísio,
E nenhuma alegria breve hoje encorpo.
Eu vejo tudo igual a uma estática tela,
E como um equino, vivo com uma sela,
Preso sem forças a meu pobre destino.
Não vivo assim porque tenho mau tino,
Ou porque algo me leva a um desatino;
O motivo disso é a falta que sinto dela.