Ponto de vista confuso

Às vezes é cheio e às vezes é vazio;

Assim que eu vejo um simples copo,

Mesmo embaixo ou se está no topo;

Pois sei que sou eu que me esvazio.

Nem dono sou do meu próprio corpo,

Meu humor vive em constante rodízio,

Não refresca sobre úmido vento alísio,

E nenhuma alegria breve hoje encorpo.

Eu vejo tudo igual a uma estática tela,

E como um equino, vivo com uma sela,

Preso sem forças a meu pobre destino.

Não vivo assim porque tenho mau tino,

Ou porque algo me leva a um desatino;

O motivo disso é a falta que sinto dela.

Le Roy
Enviado por Le Roy em 01/04/2013
Reeditado em 03/04/2013
Código do texto: T4218928
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