Amor, Covarde Amor!

Fico a pensar, perdido no meu mundo,

O que dirias tu quando me ouvisse

Contar meu grande amor, denso e profundo,

Que de covarde enfim, nunca te disse!...

A dúvida, talvez, por um segundo,

Fizesse-a crer que agora eu te mentisse

Agindo como um triste moribundo

Que um último desejo te pedisse!

Dirias, com pesar, agora é tarde!

Por certo apontaria os meus defeitos

E entre todos o mal da covardia...

Humildemente eu te responderia:

- Só sei te amar assim (Esse é meu jeito!)

No amor sincero e puro de um covarde!

Ciro Di Verbena
Enviado por Ciro Di Verbena em 22/03/2007
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