Amor, Covarde Amor!
Fico a pensar, perdido no meu mundo,
O que dirias tu quando me ouvisse
Contar meu grande amor, denso e profundo,
Que de covarde enfim, nunca te disse!...
A dúvida, talvez, por um segundo,
Fizesse-a crer que agora eu te mentisse
Agindo como um triste moribundo
Que um último desejo te pedisse!
Dirias, com pesar, agora é tarde!
Por certo apontaria os meus defeitos
E entre todos o mal da covardia...
Humildemente eu te responderia:
- Só sei te amar assim (Esse é meu jeito!)
No amor sincero e puro de um covarde!