AINDA QUE HOSTIL
Por onde anda aquela potentada
Ainda que hostil, “minha paixão!”
Bem melhor sentir raiva e excitação
Que ficar com as duas mãos atadas.
Por onde anda aquela pervertida
Que das noites a rainha do sereno
Lembranças de outrora o veneno
Esquivança em tua alma está contida.
Por um instante um tanto de amor
Aquele ópio induzir a sedução
E em teus seios pulsar meu coração.
O tempo passa em meio à loucura
Num instante voltar a tua ventura
E, outra vez, explodir de emoção.