O teu despertar
Acorda sem corda; se estica queixosa.
Se torce, contorce; então se esparrama.
Se embola, se enrola qual gata manhosa.
Faz manha, reclama... Se embrenha na cama....
Atira pro lado o lençol cor-de-rosa.
Se ajeita, se senta ajeitando o pijama.
Surpresos bocejos; coçadas charmosas...
E funga, resmunga... Lamentos e dramas.
Os belos cabelos revoltos ainda...
Os olhos cansados, remelas no canto...
Em frente ao espelho mostrando-lhe a língua
É a tua manhã, nem sempre bem-vinda.
Embora essa cena tão plena de espanto,
Ainda te acho mais bela, mais linda...