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EM SIGILO
 


Um silêncio, também, se faz preciso.
Certas vezes, já tem de ser quebrado.
E, no amor, o segredo mais guardado
pode vir muito expresso num sorriso.
 

Nem me exijas mistério resguardado:
do que sei, eu sequer sou tão conciso.
Passo a limpo, mas nada de impreciso,
grande afeto por ti, bem declarado.
 

Nas pegadas dos tempos que rolaram,
tanto a ti proclamei os meus humores,
que as palavras na boca se enterraram.
 

Em sigilo, minha alma põe-se escrava:
com ternura, te tenho um rol de amores,
destravando um silêncio que nos trava.

 

Fort., 1º/04/2013.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 01/04/2013
Código do texto: T4217865
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