Confissões (XXIV)
Edir Pina de Barros
Adoro ver-te todo em desalinho
o corpo nu e langue, olhar exausto
depois de um vendaval de amor, tão fausto,
regado com frisante e fino vinho.
Após o tsunami, torvelinho,
as intempéries – íntimo holocausto –
eu sinto um fogo tal, sempre inexausto,
queimando sob os meus lençóis de linho.
E, vendo pelo chão as tuas vestes,
as marcas das luxúrias incontestes,
um frio de prazer me corre a espinha.
Confesso (ao ver-te exangue no meu leito,
do jeito que eu sonhara, ou mais perfeito)
sentir-me mais, bem mais que uma Rainha.
Edir Pina de Barros
Adoro ver-te todo em desalinho
o corpo nu e langue, olhar exausto
depois de um vendaval de amor, tão fausto,
regado com frisante e fino vinho.
Após o tsunami, torvelinho,
as intempéries – íntimo holocausto –
eu sinto um fogo tal, sempre inexausto,
queimando sob os meus lençóis de linho.
E, vendo pelo chão as tuas vestes,
as marcas das luxúrias incontestes,
um frio de prazer me corre a espinha.
Confesso (ao ver-te exangue no meu leito,
do jeito que eu sonhara, ou mais perfeito)
sentir-me mais, bem mais que uma Rainha.