Nem mais um copo!
Eu não quero mais um gole,
Nem o torpor que me dá,
Essa taça eu vou afastar,
Nunca mais quero este porre.
Eu não preciso dessa vida,
Anestesiando minhas noites felizes,
De bebidas já desmedidas,
Que acabam sempre em crises.
Abdico do que me abstrai,
De mim mesma e dos meus sentidos,
Da consciência que sem querer me trai.
Veio-me pensamentos destemidos,
Da independência que me atrai,
De passar bem, sem ter bebido.