Soneto de Perdição
Olhar teu não diz nada ao meu coração
Estranho amor errante que tanto excita
Ó bela criatura da minha tépida paixão
Mais a remota doçura ancestral esquisita.
Não quero levar o mistério e maldição
Cujo castigo infernal num sopor incita,
A escura fábula da morte em chama escrita.
Execro o ódio do espectro sem perdão.
Grato por este amor com sua acolhida,
Carregado de obsessão em torpe ira fatal.
Tece uma história de gênio vil e infernal.
Asco e insanidade ó negra tez mortal
Num eterno combate de morte seminal,
Ó diva de ébano por mim bem escolhida.
Herr Doktor